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segunda-feira, 21 de março de 2011

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011 AVES VÍTIMAS DO CEROL SÃO RESGATADAS EM ÁREA VERDE DE GOIÂNIA

Duas maritacas deixarão o habitat natural em decorrência de ferimentos provocados pelo uso de cerol nas linhas de pipa. Coruja perde a visão em decorrência de pedrada e também será mantida em cativeiro. Animais foram resgatados pela Amma
Nas férias, elas reinam nos céus da cidade. Trazem um colorido todo especial às manhãs e tardes ensolaradas e fazem a alegria das criançadas. Mas a brincadeira de empinar pipas também pode ser sinônimo risco à vida das aves que sobrevoam as imediações das áreas verdes de Goiânia. Um exemplo, é o caso registrado na tarde de ontem, dia 10, pela gerência de Proteção e Manejo da Fauna Silvestre (Gefau) da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma). No Jardim Curitiba, duas espécies de maritacas foram vítimas do cerol, mistura de cola e vidro moído que é aplicado em linhas de pipas. Além delas, uma espécie de coruja que foi vítima de pedrada. As aves foram encaminhadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas).
De acordo com a gerente da Gefau da Amma, Marize Moreira, um dos filhotes de maritaca teve a perna decepada pela linha de cerol. “A vida dessa ave ficou comprometida. Ela não vai poder voar e nem caçar, ou seja, o filhote não poderá ser reintroduzido ao habitat natural por ter perdido a perna direita”, Marize explica também que enquanto a ave sobreviver, terá cuidados de médicos veterinários.
“A mistura, que utiliza cola e vidro, costuma provocar acidentes quando entra em contato com a pele. Além de casos de pessoas que se machucaram com a linha, as aves também sofrem neste período,” lamenta. Marize acrescenta que diariamente são resgatadas aves machucadas próximas as áreas verdes da capital. “Poucas sobrevivem aos ferimentos, o impacto da linha nas aves traz danos profundos. O animal morre ou fica mutilado. Muitas vezes, fica condenado ao cativeiro, como o caso do filhote de maritaca,”
No Jardim Vila Boa, uma coruja, conhecida como coruja orelha, foi atingida por uma pedrada no olho direito, situação que comprometeu a visão da ave e que, por isso, não poderá também ser reintroduzida ao habitat natural. “A coruja não enxergará com o olho direito devido ao ferimento, mesmo tendo possibilidade de girar o pescoço em um ângulo de 180°, esse machucado comprometerá a vida natural da ave”, ressalta a gerente.





Jovem morre vítima de cerol

O torneiro mecânico André Preto, 30, morreu após ser atingido por uma linha de pipa com cerol, na noite de quarta-feira, em São José do Rio Preto. A vítima seguia de moto para a casa do pai, quando se enroscou no fio cortante. Populares acionaram o Corpo de Bombeiros, mas o jovem morreu antes do socorro.
O bombeiro Edimilson Souza Tomaz, 39, ligou para a redação do Diário no início da tarde de ontem, para opinar sobre a morte do jovem de Rio Preto.


Tomaz ficou ferido após ser atingido com uma linha de cerol no centro da cidade, e quase morreu. “Pessoas estão morrendo e ninguém está fazendo nada”, contou.
O presidente da Câmara Municipal, Osvaldo Carvalho, apresentou um projeto de lei impedindo que as pipas fossem soltas no perímetro urbano da cidade. Em reunião no mês passado, ele reuniu vereadores, polícias Civil e Militar, e comunidade, para debater sobre o assunto. No encontro algumas pessoas destacaram que o brinquedo não oferecia riscos às pessoas, mas sim, o uso do cerol por parte de crianças, jovens e até adultos. Na oportunidade, até foi sugerida a criação de um local para a soltura de pipas. Na semana passada, o projeto de lei foi retirado da Câmara, e o que foi sugerido é que houvesse uma fiscalização maior por parte da polícia e em caso de flagrante, uma aplicação maior na multa.
Carvalho contou que como o vereador Eliezer Casali apresentou outros projetos sobre o tema, retirou-o da pauta da casa de leis. Ele disse que será feita uma reunião em escolas da cidade, orientando as crianças sobre os riscos do cerol. Carvalho falou que também pode ser estipulada uma idade, por parte das crianças, para a soltura do brinquedo, mas a sugestão será discutida futuramente.